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Praças “pra que te quero”

  • Foto do escritor: Admin
    Admin
  • 9 de nov. de 2018
  • 3 min de leitura

Atualizado: 19 de nov. de 2018

O crescente número de pessoas que pratica esportes ou atividade física na busca de uma vida saudável esbarra na falta de locais apropriados para a prática


Espaços seguro e adequados para praticar esporte não são tão fáceis de encontrar pela Região Metropolitana do Recife. Dos que existem, muitos ficam distante principalmente para os que moram nas periferias ou apresentam deficiências de manutenção e infra-estrutura. No entanto, com criatividade e ousadia vários espaços podem ser aproveitados para se exercitar e manter a saúde em dia.

A caminhada é a atividade física mais praticada entre os brasileiros. Segundo pesquisa do IBGE de 2015, 49,1% dos entrevistados preferem caminhar pela sua simplicidade e disponibilidade de praticar. Por falta de lugares apropriados, muitos caminham próximos às residências em ruas e espaços públicos nem sempre são adequados por causa do desnivelamentos das pistas e calçadas e obstáculos que podem colocar a saúde física em risco.


Os mesmos problemas afetam quem opta por correr e o caminho encontrado por muitos é aproveitar os canteiros de rodovias, pistas locais ou ruas. Esta é a situação enfrentada por Artur Costa, formado em filosofia, que começou a sentir os problemas dos iniciantes neste esporte quando decidiu correr numa praça abandonada próxima a sua casa. “Moro em Maranguape I e vejo muita gente correndo nas pistas competindo com os veículos. Não tenho coragem para enfrentar isso. O certo era as praças terem pistas para caminhar e correr. Ficaria mais a vontade”, afirmou.

Com o ar da maresia sempre fresco, algumas pessoas aproveitam a extensão da areia da praia para jogar futebol, vôlei, frescobol e outros esportes. Na praia de Bairro Novo, em Olinda, o professor de educação física Márcio Rocha oferece exercício funcional. A céu aberto os alunos encaram o desafio de treinar na areia fofa, onde a resistência fortalece a musculatura. “Todo sábado na parte da manhã estamos aqui”, divulgou o professor.

Mario Rocha em uma das aulas

As praças e parques possuem árvores, plantas, brinquedos infantis e bancos para um breve descanso mas, com o tempo, seu uso para prática de exercícios físicos vem aumentando. A Praça da Abolição, em Olinda, tem uma grande área arborizada, com coreto, lagos e brinquedos infantis, mas não possui quadras poliesportivas. Aliás em Olinda praticar alguns esportes em espaço público é quase impossível. “Sou atleta escolar e quando quero treinar basquete não tem como fazer isso aqui em Olinda. Nas poucas quadras públicas, as cestas estão quebradas e os pisos rachados”, desabafou o estudante do ensino médio Ermanis Silva.

Um exemplo positivo é o Ecoparque das Paineiras na cidade do Paulista, que tem brinquedos para as crianças e equipamentos que ajudam jovens e adultos a sairem do sedentarismo. A idosa Ana Maria da Silva pratica exercícios no parque há um bom tempo e já sente a diferença na saúde. “ Antes, mal conseguia subir escadas que dava uma dor nas pernas. Esses equipamentos me estimularam a fazer exercícios sem o esforço de pegar peso. Malho e não sinto nada depois”, argumentou a idosa de 72 anos. No entanto, nem todos os parques e praças possuem equipamentos de ginástica para o público da terceira idade.


Em algumas praças públicas da cidade do Recife foram implantadas academias para os praticantes de musculação. “Acho interessante ter equipamentos de exercício para a comunidade e demais usuários, mas noto que as praças próximas a meu bairro aqui no Cordeiro alguns equipamentos estão sem a devida manutenção. Nota-se pontos de ferrugem e a pista de cooper com buracos e desnivelamento em vários trechos”, constatou Hallisson Gamma, formado em Ciência Contábeis.

O biólogo Luís Oliveira Costa ressaltou a contribuição das praças e parques para os ambientes urbanos. “As áreas verdes são imprescindíveis para o equilíbrio ambiental porque funcionam como um sumidouro de carbono e aí temos um controle maior sobre a temperatura dos centros urbanos, além de preservar a qualidade do ar que respiramos”, afirmou.

 

por Ernani Neves

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