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Davi Miranda: uma vida dividida entre luta e trabalho na academia

  • Foto do escritor: Admin
    Admin
  • 16 de nov. de 2018
  • 3 min de leitura

Atualizado: 20 de nov. de 2018

O jovem leva uma vida completamente dedicada ao esporte, seja como atleta ou professor


Uma vida dedicada à prática esportiva. Aos 30 anos, Davi Miranda já passou por altos e baixos como treinador e como atleta. Apesar de todas as dificuldades enfrentadas, tem no esporte sua paixão.


Caçula de três filhos, desde muito cedo foi influenciado pelo pai a se exercitar. “Já jogava bola, pela influência do meu pai que sabia dos benefícios do esporte para vida, só que as lutas logo se tornaram meus esportes favoritos. Com sete anos comecei a treinar capoeira, pouco depois comecei a treinar taekwondo e, desde aquela época, tinha o sonho de viver disso”, conta.

O amor pela capoeira fez com que o jovem Davi se tornasse professor ainda na puberdade e, com o passar dos anos, uniu a paixão à vontade de ajudar pessoas. Desta forma, criou um projeto social. “Com treze anos comecei a puxar alguns treinos e pouco depois comecei a dar aula, coisa que faço até hoje. Ensinei em várias academias e inclusive fui o primeiro capoeirista a trabalhar no Clube Português. Aos dezoito, criei um projeto social que se chama Capoeira, a arte que educa, para ensinar a jovens carentes”, diz.


No taekwondo o sucesso foi ainda mais surpreendente. “Aos treze anos intensifiquei os treinos no taekwondo. Fui campeão de tudo que era possível. Desde campeão pernambucano e brasileiro até campeão intercontinental. Em determinado momento cheguei a pensar em viver da luta”.

Ao passo que se tornava professor e atleta na capoeira e taekwondo, Davi procurou apurar os conhecimentos na luta agarrada. Assim passou a treinar jiu jitsu na academia do professor Zé Radiola, em Piedade, Jaboatão dos Guararapes. Na arte suave, o jovem também obteve êxito, vencendo competições importantes, como a seletiva para o ADCC, um dos campeonatos de luta agarrada mais importantes do mundo.

Os resultados vitoriosos nos tatames das diferentes artes marciais levavam a crer que Davi tentaria a vida como atleta profissional, mas a dura realidade mudou seus objetivos. “Desisti de ser profissional quando entrei na faculdade. Tentei uma Bolsa Atleta e não consegui, mesmo classificado para lutar o mundial de um esporte olímpico em 2009. Por isso, a menos que eu tivesse um patrocinador fixo, não conseguiria viver como atleta profissional”, explica.


Ainda com o objetivo de viver do esporte, e alguns anos após terminar o Ensino Médio, escolheu estudar educação física e se tornar personal trainer. “A vontade começou quando dava aula nas academias. A profissão me chamou a atenção e, como sempre gostei de musculação, resolvi cursar educação física e trabalhar com isso”, afirma Davi.


Durante o período, o maior desafio para Davi era como se manter bem sucedido nas diferentes áreas da vida, já que, além de aluno, se mantinha como professor de capoeira e, esporadicamente, competia no jiu jitsu. “Tive que me adaptar. Treinava nos horários que eram possíveis. Mesmo que fosse no meio dia, ou à noite, sempre dava um jeito”, conta.


Após concluir a graduação, Davi passou a trabalhar também como personal e hoje dá aulas particulares e programa treinos personalizados. Com relação à valorização da sua classe, ele crê que ainda há muito para melhorar. “Para quem trabalha com capoeira, com o esporte em geral, a profissão ainda é muito desvalorizada. O mercado não é tão bom quanto poderia ser, está melhor que antes, mas a perspectiva financeira não é tão boa quanto gostaria que fosse”, explica.


Apesar disso, Davi segue apaixonado pelo trabalho. Atualmente trabalha no Estúdio Sano, na Ilha do Leite, e segue o trabalho social com a capoeira no Centro Social de Barra de Jangada. Além disso, os treinos na academia de Zé Radiola continuam. Davi é faixa roxa no jiu jitsu e contra-mestre na capoeira.


 

por Luis Antonio

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