Sincronismo e respeito à natureza
- Admin
- 6 de dez. de 2018
- 2 min de leitura
Atualizado: 7 de dez. de 2018
Surfistas destacam a importância da sintonia direta com o mar na hora do surfe

O surf é uma prática desportiva marítima, frequentemente considerada parte do grupo de atividades radicais, por causa do seu desempenho criativo, onde as verdadeiras habilidades são destacadas pelo grau de dificuldade dos movimentos executados ao acompanhar o movimento de uma onda do mar sobre a prancha, na medida em que a onda vai chegando mais próximo da praia.
Apesar da “má” fama da praia de Boa Viagem, pela incidência de tubarões, na capital pernambucana, outras praias do estado recebem praticantes do surfe, principalmente as praias localizadas no litoral sul, como Maracaípe e Praia de Cupe. O surfista Lúcio ‘Gena’, de 48 anos, tem uma relação íntima com a modalidade, e acredita que o esporte radical faz o ser humano se encontrar mais. “O esporte radical faz com que você tenha uma adrenalina maior. Faz você buscar seu interior, o seu querer, o seu eu dentro do esporte. E dentro do surfe eu sinto isso, completamente”, conta.

Assim como Gena, a estudante de Educação Física de 24 anos Thati Gleise acredita que a prática do surfe é um esporte radical. Para ela, que surfa há seis anos, a prática depende muito da sintonia do atleta com as forças naturais. “É um esporte radical pelo fato de depender da natureza. As ondas, o vento, o sol, a lua, tudo isso interfere nas ondas, que interfere no surfe. Acredito que tudo que vem da natureza se torna um esporte radical”, declara a estudante. Apesar dos riscos e acidentes inevitáveis do esporte, Thati é apaixonada pelo surfe e sempre que está no mar tenta se superar como atleta, mas sempre respeitando o que a natureza lhe oferece. “No surfe a gente entra [no mar] sem saber como vai ser. Cada onda é diferente uma da outra, e isso se torna desafiador”.
Confira o depoimento de Guena e Thati sobre suas respectivas relações com o surfe:
Nos últimos anos, o Brasil se consolidou como potência mundial no surfe, ao lado de Havaí, Estados Unidos e Austrália, e claro, terá atletas integrando a Seleção Brasileira no Jogos Olímpicos de 2020, em Tóquio. Essa será a primeira vez em que o surfe fará parte do programa olímpico, juntamente a skate, escalada, caratê, beisebol e softbol. A mudança e inserção das modalidades foi proposta pelo Comitê Olímpico Internacional (COI).
por Laís Arcanjo
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