Três cores, dois homens, uma paixão
- Admin
- 21 de out. de 2018
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O dia amanheceu diferente para o jovem Antonio Cardoso. Com apenas 14 anos o menino nunca tinha ido assistir uma partida de futebol, até que seu pai chegou a ele e disse que o Santa Cruz havia vencido o Flamengo no Maracanã dias antes, e que ia disputar a semifinal do brasileirão contra o Cruzeiro, no Arruda. Antonio nunca havia ficado tão ansioso. Não conseguia imaginar como seria ver Givanildo, Ramon e Fumanchu ao vivo. Como seria ver o tão amado tricolor chegar à final do brasileiro e conquistar uma das vagas para a Libertadores da América.
O jovem Tota entrou pelo portão 7 das repúblicas independentes do Arruda e ficou estarrecido ao ver que não só o Santa Cruz, mas todo o estado de Pernambuco estava torcendo pelo tricolor. Viu bandeiras dos rivais Sport, Náutico e até mesmo do América. A torcida fazia uma festa linda. Outra coisa que marcou a memória do menino foi a expressão no rosto do seu pai. José Cardoso, geralmente carrancudo e mal humorado, estava com os olhos marejados e com um enorme sorriso no rosto. Os dois, que até aquele momento não eram tão próximos, se tornaram pai e filho.
O garoto viu Luís Fumanchu abrir o placar e viu o Cruzeiro empatar com um gol irregular. Depois de ver os 90 minutos mais emocionantes da história do futebol nordestino, o placar pouco importava para Antonio. O santinha era o vencedor moral e Tota era o garoto mais feliz do mundo.
por Luís Antonio
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